23/12/2009

Oficina 4 - TP2

Dia 24 de novembro nos reunimos para nossas atividades em relação as  unidades 7 e 8 do TP2.

Neste encontro discutimos as duas unidades sobre a "A arte: formas e função" e "Linguagem figurada", as cursistas relataram suas aplicações em sala de aula e realizamos a Oficina 4.

Abri com o vídeo sobre "Pleonasmo" com o ator e humorista Marcius Melhem, as cursistas adoraram e provocou muito riso, o que gerou uma descontração.  A seguir lemos  e discutimos o texto apresentado no "Ampliando nossas referências" com o título "A traição das imagens" destacou-se a importância da leitura de imagens e símbolos, pois eles sempre nos remetem a alguma coisa, ou sejam, são carregados de significado.

Partimos para a socialização dos avançando realizados pelas cursistas.

A cursista Clair trabalhou o texto "Arte e Fantasia" e também a composição "Fantasia" de Chico Buarque e outras músicas de Chico, Caetano e Gonzaguinha, artistas que os alunos pouco conheciam. Após ouvir as canções, a profª reforçou a questão histórica da época da ditadura militar com os alunos de 7ª série e realizaram a atividades de interpretação, inclusive as de V ou F propostas nesta seção. O avançando fluiu normalmente, os alunos pesquisaram sobre o período militar, a vida e obra de músicos desta época, na aula posterior trouxeram o material e fizemos uma discussão. O trabalho foi bastante interessante.

A profª Maria Helena  trabalhou várias atividades desta unidade e enfocou a atividade envolvendo o poema "Serão de Junho" de  Augusto Meyer, enfatizando a figura de linguagem Personificação e a partir desta atividade a profª abordou as demais figuras de linguagem. quadrinhos. A cursista realizou o avançando sobre onomatopeias através da construção de histórias em quadrinhos, os alunos imitaram sons de crianças brincando, de objetos, etc. fizeram uma exposição dos trabalhos, eles adoraram e se identificaram com as histórias.



A profª Sandra trabalhou a interpretação de  um poema chamado "Dia e Noite", aparentemente infantil, mas que dá flexibilidade na interpretação,  pois é o aluno quem completa o poema como:


DIA e NOITE
Não sei se gosto mais do dia........
  Não sei se gosto mais da noite .....
De dia eu poso ......
Mas de noite, eu posso......


A cursista relatou que o trabalho com os alunos foi muito gratificante, apesar da turma ser grande e agitada.

A seguir propôs  a leitura dramatizada de uma cena do texto da peça "Pluft, o Fantasminha"de Maria Clara Machado. Eles ensaiaram e  apresentaram, alguns alunos mudaram a voz e até se arriscaram a ampliar o texto por conta., grupos de meninos acitaram fazer papéis femininos. Os alunos que assistiam às apresentações foram os jurados e a cmpetição foi acirrada. O avançando que embasou esta atividade foi o da pág. 120 da seção 2, da unidade 8, pois a profª adaptou-a a sua turma.

Realizamos a Oficina 4 envolvendo questões interpretativas da charge "Não grite!" Quino, abordamos as figuras de linguagem "ironia", "antítese" e "metáfora" presentes neste texto, em destaque a ironia.

Concluimos com a canção do cantor Lulu Santos "Como uma onda".

Esta oficina como as demais foi produtiva e bastante "light", pois as figuras de linguagem nos permitem brincar com as palavras.





30/11/2009

Oficina 3 - TP 2

Dia 16 de novembro realizamos a Oficina 3 do TP2, iniciei com a mensagem "Palavras" do grupo Titãs e começamos a conversar sobre os temas das unidades 5 e 6 "Gramática: seus vários sentidos" e "A frase e sua organização", ficou claro que produção de texto e gramática não são atividades que se estranham.


A seguir passei o vídeo  do livro "Galileu leu" e o vídeo da música " Another brick in the wall" do Pink Floyd, discutimos a temática centrada neste texto e ele nos fez rever certas ações que, às vezes, cometemos com nosso aluno e nem percebemos e acabamos por deixar marcas irreversíveis, a discussão foi bem acirrada, algumas cursistas relataram fatos de sua vida escolar que são inesquecíveis, tanto pelo lado positivo quanto o negativo, dei as cursistas a tradução desta música "...Ei, professor! Deixe as crianças  em paz!... Não precisamos de nenhum controle de pensamento..."


As oito cursistas fizeram seus relatos sobre as práticas e os avançando que realizaram com seus alunos, entre eles:


A profª Cleci trabalhou o avançando sobre o uso dos verbos ter, haver e vir, realmente verificou-se a importância de oferecermos muitas situações de interação em que as formas aceitas como corretas apareçam, de tal modo que aos poucos os alunos as vão interiorizando, porque eles empregam um verbo em relação ao outro.



A profª Fátima  evidenciou o avançando  sobre o depoimento do escritor  Ivan Ângelo, que relata  sobre seus professores inesquecíveis, os alunos adoraram este texto e fizeram seu fechamento, eles extrapolaram, repetiram "falas" dos seus professores, reconheceram as reclamações que os prof. fazem, inventaram uma situação onde  o prof. de Português não se relaciona bem com os alunos, os textos ficaram muito bons. O grande problema que a profª nos relatou foi que poucos fizeram a leitura oral de seus textos, eles não gostam de ler oralmente. Ela trabalhou algumas atividades dos AAA como a da correção do que estava escrito "Uma  placa na horta" eles questionaram o preço da alface, perceberam os duplos sentidos, também fizeram a atividade "História do bebum", a turma achou muito engraçado e após a leitura e discussão deste poema ele foi reescrito em 3ª pessoa, passaram para "ela".



Já a profª Eni trabalhou os textos "A tinta de escrever" e "Osarta", eles fizeram leitura, interpretação, discutiram a temática dos textos e culminaram com o avançando trabalhado pela cursista Fátima, eles deram continuidade ao texto apresentado no TP falando do prof. de Português e produziram textos escrevendo sobre seus professores e ressaltaram, é claro, o prof. de Português. Os textos foram muito criativos e a profª relatou que achou a turma bastante madura, no sentido que não houve nenhum texto com termos pejorativos, nem críticas que não fossem positivas para seus prof.


As demais cursistas colocaram para o grande grupo as atividades que realizaram com seus alunos, os vários textos e atividades do TP e AAA2 que aplicaram, bem como a importância dos textos de referência, pois mostram assuntos relevantes ao dia-a-dia do mundo do professor.  Este momento é muito produtivo.



 Realizamos a oficina 3, os textos "Maria e Pedro na cova do vento" e o poema "Quatro" foram analisados e discutidos por dois grupos de cursistas, elas criaram atividades de leitura, interpretações, produção de texto e de análise linguística para serem trabalhadas com os alunos, a seguir apresentaram para o grande grupo, as atividades ficaram muito boas e criativas, permitindo uma aplicação em sala de aula com muito dinamismo.


Para encerrar passei o vídeo sobre "A vogal I quer ir embora" este vídeo mostra a revolta de uma vogal e ao mesmo a sua importância, apresentado no programa Jô Soares, as cursistas disseram que às vezes temos vontade de ir embora, largar tudo  e não nos damos conta que somos imprescindíveis no processo. Concluindo assim a abordagem sobre as análises linguísticas e literárias presentes nas unidades 5 e 6 do TP2. Risos não faltaram. Esta oficina foi muito proveitosa.

23/11/2009

Oficina 2- TP1

Dia 11 de novembro tivemos o nosso encontro para estudarmos as unidades 3 e 4  do TP1  e realizarmos a 2ª Oficina.
Abri com as imagens de anúncios com erros de grafia como "Lã Rause, Vende-se caxorros pudos, etc."
Apresentei os 15 slides "Noções de Texto: condições de produção textual"  e 16 slides sobre "A intertextualidade na propaganda", conversamos sobre as temáticas apresentadas neste TP "O texto como centro das experiências no ensino da língua" e a "Intertextualidade", que o ensino-aprendizagem está apoiado no texto é quase um consenso nos estudos de linguagem, não podemos esquecer que o texto é toda e qualquer unidade de informação, independente de sua extensão e deve ser o centro de todas as atividades, porque ele nos faz pensar, divertir, enfim, enriquece nossas experiências. Vimos que a intertextualidade  pode ser conceituada como a presença de outras vozes em um texto produzido, sendo os processos intertextuais muito variados.
As cursistas partiram para os relatos de seus avançando com os alunos.A profª Clair realizou as atividades envolvendo a seção 1 "O diálogo entre textos: a intertextualidade", ela apresentou três textos com a mesma proposta: "Carta aos Coríntios" do apóstolo Paulo, "Soneto" de Luis de Camões e a música "Monte Castelo" do grupo Legião Urbana para que os alunos relacionassem os textos, também trabalhou as questões onde os alunos relataram um problema da cidade que teve solução com o empenho de muitas pessoas, um dos fatos lembrados foi a estátua do mineiro, símbolo dos trabalhadores de nosso município, que foi derrubada por um grupo de adolescentes, deixando  só os pés, e agora já foi restaurada e voltou a seu lugar de origem com o apoio da comunidade. O  avançando que os alunos teriam que prestar atenção à fala dos "mais velhos" da família, ou até da comunidade, foi muito interessante, porque além de observarem ditados que são falados em família, eles envolveram todos os funcionários da escola, segundo a profª foi um corre-corre para conseguir ditados populares, eles não deixaram ninguém parado. A atividade foi um sucesso e comprovou-se que  usamos ditados no nosso dia-a-dia.


Envolvimento da comunidade     escolar na busca de ditados populares
As atividades dos AAA foram trabalhadas pela maioria das cursistas. A profª Fátima desenvolveu  a aula 6 sobre"Um poema de cordel piauiense" resolveu as questões com os alunos e eles gostaram deste gênero, pouco trabalhado na nossa região Sul e também ressaltou aula 7,  "Propaganda: um outdoor". Na aula  sobre "Paródia: Branca de Neve"  os alunos perceberam claramente a presença do conto de fadas;  as atividades sobre "Paródias de provérbios" e "Quem conta um conto, aumenta um ponto" foram as atividades que tiveram mais destaque entre as cursistas.

A profª Lucélia enfocou o avançando sobre a intertextualidade na produção de textos de seus alunos, eles fizeram a modificação de um conto de fadas,  deram finais surpreendentes, alguns modificaram o meio das histórias, outros o final. Os contos dos "Três Porquinhos" e "A Bela Adormecida" ficaram com finais criativos e eles colocaram situações atuais.

A nossa oficina transcorreu normalmente, formamos dois grupos, as cursistas  leram o texto "A língua" e fizeram o plano de atividade de leitura deste texto para ser trabalhado com os alunos, criaram uma situação para um debate da dualidade certo/errado, bom/ruim, amizade/ciúme; comentários sobre o último parágrafo do texto e ampliaram sua proposta de leitura com outras atividades.  A produção de texto que foi proposta  pelas cursistas abordaram a contextualização deste texto com a vivência pessoal dos alunos, sugestões como uma dissertação em função da temática principal, bem como as faces da vida, do ser humano e também a criação de fábulas contando fatos da vida moderna, cuja moral faça uma advertência sobre o uso das drogas.

As cursistas avaliaram esta oficina de forma positiva, como fizemos com as demais. O grande ponto de reclamação é a falta de tempo para desenvolver mais atividades, as temáticas são de interesse de todos os professores, porque são assuntos que nos fazem refletir sobre o verdadeiro papel da língua.

05/11/2009

13ª Jornada Nacional de Literatura

De 26 a 30 de outubro de 2009, participei da 13ª Jornada Nacional de Literatura, um evento que ocorre de 2 em 2 anos, na cidade de Passo Fundo e reune escritores nacionais e internacionais. O tema era "Arte e tecnologia: novas interfaces". O patrono da Jornada era o escritor Pedro Bandeira. Foi uma semana de muitos aprendizados.

Oficina 1 - TP1








Alunos da EMEF Miguel Couto inseridos no Gestar


Dia 05 de novembro realizamos mais um encontro para analisarmos, discutirmos e aplicarmos a oficina 1 do TP 1.
Este TP foi considerado o mais acessível por todas as cursistas e também quanto à sua aplicação, os temas Família e Escola estão relacionados diretamente a vivência dos alunos.
Iniciei com a apresentação dos slides "Só nordestino entende", "Chico Bento no Shopping", "O matuto no Cinema" e também passei os 15 slides sobre "Variações Linguísticas" a partir desta exibição começamos a discutir os assuntos das unidades 1 e 2 do TP1 "Variantes linguísticas: dialetos e registros" e "Variantes linguísticas: desfazendo equívocos", abordamos os dialetos e os registros do português, bem como a norma culta, o texto literário e as modalidades da língua.

Os relatos das cursistas quanto à aplicação dos avançando na prática foi muito valioso.
A profª Eni realizou com seus alunos as atividades do AAA1 envolvendo os textos "Sociedade, cultura, língua", "A gíria", "O qui é Brasí Cabôco? Eles também realizaram uma pesquisa retomando a "fala" dos seus pais e avós e culminaram com o avançando onde criaram um "dicionário de gírias" usadas por eles. 
                                          

 A profª Sandra também realizou este avançando e pode observar que, além de muitas expressões influenciadas pelo uso do computador e pelo contato com jovens da idade deles, os alunos também são muito influenciados pelo convívio com familiares e pessoas do meio em que convivem, não esquecendo as personagens de TV (novelas, filmes,desenhos...) ela trabalhou os textos "Ciúme" de Lygia Bojunga Nunes e "Retrato de velho", discutiu com seus alunos como eles se viam em relação ao assunto e o relacionamento entre jovens e velhos com as dificuldades advindas da diferença de idade,  valores,  época e vocabulário.

A profª Cleci trabalhou o texto "Retrato de velho", os alunos realizaram uma leitura silenciosa, fizeram um levantamento do vocabulário com uso do dicionário, dos personagens, da pontuação empregada no texto, a formação dos diálogos, alguns até identificaram o seu avô como o descrito nesta história e após ela aplicou o avançando sobre a leitura dramática dessa crônica, mas a profª nos disse que esta atividade não foi muito produtiva, pois os alunos não se concentraram na leitura, mesmo assim eles chegaram a conclusão que os grupos não leram corretamente, não observaram a pontuação e nem destacaram as falas das personagens.
A profª Maria Helena enfocou o texto "Conta de novo a história da noite em que eu nasci", houve a leitura silenciosa e oral, a profª leu o texto oralmente e foi mudando o tom e mesmo assim eles não gostaram do recurso da repetição, acharam irritante. O tema da adoção foi bastante discutido na turma, ela também trabalhou os textos "Retrato de velho" e "Ciúme".
A profª Janaína trabalhou o avançando envolvendo o texto "O Menino Maluquinho" de Ziraldo e explorou este texto através de questões diversas sobre as relações familiares, foi muito instigante para os alunos, pois eles relataram exemplos da sua vivência. Aproveitei este momento e assistimos aos slides deste livro.
As demais cursistas também realtaram suas atividades como bastante proveitosas.
Realizamos a Oficina 1 da unidade 2, inicialmente coloquei alguns versos do poema "Consideração do Poema" de Carlos Drummond de Andrade

Consideração do poema
"As palavras não nascem amarradas,
elas saltam, se beijam, se dissolvem,
no céu livre por vezes um desenho,
são puras, largas, autênticas, indevassáveis."

Fiz a leitura oral do poema, discutimos a ideia presente nos versos acima, as cursistas comentaram sobre as obras conhecidas do escritor, trouxe também alguns textos do autor como "Confidência do itabirano", "Maneiras de amar", "Poema das sete faces... e cada cursista escolheu um poema e fez a leitura oral.


As cursistas se reuniram em dois grupos, li oralmente a crônica "A outra senhora" de Carlos Drummond de Andrade, a seguir entreguei as cópias do texto e elas fizeram um estudo do vocabulário e realizaram as questões propostas nesta oficina. As cursistas identificaram na carta as marcas do dialeto infantil, os diversos recursos da língua, a ausência de pontuação,o papel de persuasão das propangadas, enfim expuseram as emoções que sentiram.
Com esta oficina as cursistas verificaram a importância de fazer a leitura em voz alta antes de apresentar o texto para os alunos, os dialetos tem que aparecer na nossa prática em sala de aula para que o aluno perceba as diversas manifestações literárias e as crônicas são textos que devem ser mais explorados no ambiente escolar, pois tratam de temas do nosso cotidiano. O que as cursistas estão elogiando são as atividades apresentadas nos AAA e estão aplicando direto.

15/10/2009

Encontro dos projetos - 2ª Etapa

Dia 14 de outubro nos encontramos para conversarmos sobre o andamento dos projetos de leitura. As cursistas estão aplicando os projetos nas escolas com os alunos e os resultados estão sendo satisfatórios, mas a grande reclamação é o tempo, que é muito corrido. Todas as escolas estão passando pelo processo de recuperação das aulas, por causa da paralisação devido à gripe A.

13/10/2009

1º Encontro da 2ª Etapa do Gestar- Oficina Introdutória

Dia 09 de outubro realizamos nosso 1º encontro da 2ª Etapa do Gestar. Neste dia coloquei para as cursistas como foi meu curso na semana de 28 de setembro a 02 de outubro, na UNIRITTER, em Porto Alegre.
Abri este encontro com o slide "Trabalho em equipe" as cursistas não conheciam e comentamos que este tema está presente em qualquer setor, infelizmente, convivemos numa sociedade egoísta, onde cada um vê o seu lado.
Entreguei os livros TP1, TP2 e TP6 e seus respectivos AAAs, organizamos nosso calendário de encontros.
Iniciaremos nossa seção de estudo pelo TP1, as cursistas olharam todo o material, viram que este TP trabalha o texto e as variantes da língua como decorrentes da relação entre linguagem e cultura, analisamos os avançando na prática que compõem as unidades 1 e 2.
Lemos o texto "Variantes linguísticas: dialetos e registros" de Maria Antonieta Antunes Cunha, discutimos as ideias presentes neste artigo.
Acredito que teremos uma etapa bastante proveitosa para nós e principalmente para nossos alunos, que são o nosso principal alvo.
As cursistas se comprometem em se dedicar o máximo que puderem para terminar os três TPs até 10 de dezembro, elas estão preocupadas que o tempo para aplicação será menor, porque temos 2 meses e alguns dias, depois inicia-se o período de encerramento do ano letivo com recuperações e etc. Apesar de tudo, elas querem terminar ainda este ano, pois iniciaram o trabalho com uma turma e querem concluir com esta mesma turma, porque acreditam que o resultado será mais satisfatório e no próximo ano não sabem que séries e escolas trabalharão.
Em virtude deste fato espero encerrar este ano, mas acho que será difícil, porque temos muitas atividades nas escolas e final de ano é aquela "loucura" que conhecemos bem. Talvez fiquem algumas atividades como oficina livre, avaliação...para concluirmos em março. O tempo será nosso companheiro...vamos ver o que conseguiremos.
O que ficou acertado é que no próximo ano letivo as cursistas querem se reunir e aplicar com tempo as atividades propostas pelos TPs e faremos encontros para ver o andamento das atividades, bem como as trocas de experiências e estudar mais detalhadamente os assuntos abordados nas TPs.
Os projetos sobre leitura estão em andamento nas escolas.

30/09/2009

2ª Etapa- 28/09 a 02/10

Encontro realizado de 28 de setembro a 02 de outubro, na UNIRITTER, em Porto Alegre. Reencontramos as colegas, aprendemos coisas novas, trocamos experiências, conhecemos a gila, fruta típica do município de Bom Jesus, estudamos bastante e também nos divertimos... apesar do cansaço foi tudo muito gratificante.

27/09/2009

Oficina Avaliativa- 1ª Etapa

Dia 23 de setembro nos encontramos para o nosso último encontro da 1ª Etapa do Curso Gestar. Iniciei com uma mensagem de Rubem Alves:
"Professores há os milhares. Mas o professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão, é VOCAÇÃO. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança."
Discutimos a ideia contida e começamos a avaliar os pontos positivos e negativos que tivemos.
Todas as cursistas acreditam:
QUE BOM...que este curso veio pra mexer com nossas ações, as diversidades dos textos, as propostas de atividades que fazem o aluno pensar, a troca de experiências, o encontro com colegas de outras escolas, a construção das atividades em conjunto para os alunos, a criatividade que pode ser despertada etc.
QUE PENA.... que o tempo para realizar as atividades foi curto, que temos tanto para fazer em casa, que a nossa carga horária é grande.
QUE TAL ... se tivermos mais tempo para realizar as atividades entre um TP e outro, pois assim, quem lucraria seria o nosso aluno, principal alvo deste projeto.
Esperamos que este programa não seja mais um e sim faça a diferença na educação brasileira, os resultados serão vistos ao longo, o primeiro passo para termos uma educação mais eficaz já está sendo dado.
O curso iniciou com nove cursistas e atualmente estamos em oito, o grupo é bastante unido e tem vontade de melhorar cada vez mais.
Todas as cursistas fizeram os seus memoriais e acharam positiva a forma de recordar.
Os projetos sobre leitura estão começando a movimentar a rotina das nossas escola.
Em seguida as cursistas organizaram suas pastas com os relatórios, os avançando na prática, os trabalhos dos alunos, as oficinas...
Acredito, como formadora, se tivermos um tempo maior para a aplicação das atividades, os resultados serão melhores, pois o envolvimento entre todos a nossa volta é muito grande.

22/09/2009

Oficina 10 - TP 5

No dia 18 de setembro nos encontramos para a última oficina dos TPs da 1ª etapa, iniciei com uma mensagem do poeta Mário Quintana, conversamos sobre as sensações que sentiram. Passei os slides sobre Coesão Textual e fomos discutindo à medida que os slides iam avançando sobre as temáticas das unidades 19 e 20 do TP5.
As cursistas relataram suas atividades e uma das que mais chamou a atenção foi "História sem pé nem cabeça" do AAA5, a professora Eni relatou que seus alunos de 7ª e 8ª séries demoraram muito pra realizar, neste momento imperava um silêncio na sala de aula, todos queriam acertar a sequência, esta atividade foi tão interessante que ela nos relatou na sala dos professores, somos colegas na EMEF Osvaldo Cruz, e algumas colegas (professoras e supervisora) quiseram realizar e também demoraram um pouco, foi um envolvimento muito importante... Os alunos criaram a história "Enlace matrimonial", gostaram e acharam muito engraçada. Produziram a notícia para o jornal com base no texto "Gente em busca de um sonho". Fizeram um mural de propagandas a partir do anúncio das casas Bahia proposto nestas unidades. O texto "Touro e homem" foi trabalhado pela profª Maria Helena, que nos disse que os alunos gostaram de interperetá-lo e também gostaram da história, elas fez a atividade "brincando com pares de sinônimos". A profª Sandra trabalhou letras de músicas de forma desordenada.
O avançando onde os alunos tinham que dar uma sequência lógica a um texto fragmentado foi realizado por algumas cursistas; a profª Lucélia realizou a atividade em quem lançou perguntas e as respostas que os alunos iam dando ela recolheu e depois redistribuiu e eles escreveram histórias com estes fragmentos, colocando os elos coesivos necessários, algun alunos não conseguiram e refizeram suas histórias com a ajuda dos colegas. A profª Cleci trabalhou algumas gravuras que os alunos teriam que fazer a leitura da linguagem verbal e não-verbal. A profª Maria Helena trabalhou o avançando sobre o texto "Dona Custódia" de Fernando Sabino, disse que foi muito divertido, eles imaginaram tipos variados para esta senhora.
Segundo as cursistas os alunos não tiveram dificuldades de identificar a coesão textual, eles perceberam que ela é a responsável pela ligação das ideias nos textos, apesar que na hora em que eles teriam que fazer uso deste mecanismo apresentavam dificuldades, o cuidado com o emprego de palavras e expressões com valor coesivo é relevante na construção de um texto objetivo e claro.
A oficina nº 10 acredito que foi uma das mais interessantes, levei várias imagens, propagandas, rótulos e objetos para as cursistas escolherem o que mais lhes agradava, formamos dois grupos, e talvez por ser formado por mulheres, elas optaram em fazer anúncios de calçados. Os cartazes ficaram muito criativos e interessantes, cada grupo apresentou o seu e tentou convencer os compradores através de uma frase negativa para a "compra" do produto, elaboraram um texto fazendo uso da linguagem verbal e não-verbal.

14/09/2009

Projeto de Leitura

Dia 09 de setembro nos reunimos no LABIN da E.M.E.F. Miguel Couto para nosso último encontro para montagem do Projeto sobre Leitura que começará a ser aplicado ainda neste mês em algumas escolas. Fiquei a disposição para eventuais dúvidas. As oito cursistas organizaram-se em três grupos onde aplicarão seus projetos num total de cinco escolas.
"Um educador... é um fundador de mundos, mediador de esperanças, pastor de projetos" Rubem Alves

09/09/2009

Oficina 9 - TP 5

Dia 04 de setembro nos encontramos para a realização da oficina 9, referente às unidades 17 e 18 do TP5, iniciei com uma mensagem de desenhos animados do Walt Disney sobre as decisões que devemos tomar em nossas vidas "E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer decidi triunfar...decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las..."
Fizemos a "dinâmica do cordão" onde cada cursista daria um nó simbolizando um momento importante em sua vida, ao som da música "Tocando em frente" de Almir Sater, depois cada cursista explicou para o grande grupo o que cada nó significa em sua vida, esta técnica foi muita proveitosa para nos conhecermos melhor. A profª Eni nos colocou que um dos momentos mais marcantes da sua vida foram as formaturas do Magistério e da Faculdade, pois seus pais não tiveram acesso aos bancos escolares e isso na sua família foi uma vitória. As demais ressaltaram também suas formaturas, casamento, nascimento dos filhos, 1º emprego, aprovação em concursos, etc.
Passei 64 slides envolvendo as unidades 17 e 18 do TP5 sobre Estilística e Coerência Textual, conforme os slides surgiam, fomos comentando sobre o conteúdo e as cursistas enriqueciam falando sobre as atividades que realizaram com os alunos.
O texto "Cada um é cada um" e o poema "Trem de ferro" foram trabalhados com os alunos ressaltando os estilos diferentes, as professoras comentaram a leitura que fizeram com o poema "Trem de ferro"observando a velocidade e o ritmo na leitura oral. "Palavras são palavras..." este texto foi abordado por várias cursistas e os alunos adoraram ficaram instigados para saber o significado das palavras "concupiscência", elucubração", "abjeta"e usaram e abusaram do dicionário para desvendar o significado das novas palavras. Uma das cursistas trabalhou a atividade em que cada aluno escolhia uma palavra que identificasse cada colega e elas eram coladas nas costas destes alunos, outra cursista pediu que os alunos escrevessem palavras que fossem bonitas, mágicas, tristes pesadas, vazia, etc. foi uma atividade rica, mas que causou muito tumulto. O poema "Convite" também foi ressaltado e os alunos foram convidados a fazerem poesias. Os trava-línguas foram explorados pelas cursistas e elas acharam que foi a atividade que os alunos mais se divertiram, riram muito quando alguns colegas não conseguiam ir até o final. O texto Pedro Paulo Pereira Pinto, as turmas adoraram e ficaram ansiosos para encaixar as palavras iniciadas pela letra "P", e foi sugerido que eles produzissem um texto e eles escolheram como temática a palavra "Mineiro" a letra inicial seria a"M", porque em nossa cidade semana passada ocorreu a queda do mineiro, estátua símbolo do município, foi uma brincadeira de mau gosto feita por três adolescentes, que acabaram por derrubar o mineiro, causando indignação dos moradores ratenses, esta notícia teve repercussão em jornais. Os textos "Adivinhe qual é o melhor e maior zoológico do mundo?" e "A Bruxinha Atrapalhada" ambos mostraram que a sequência dos fatos dentro de um texto é muito importante e necessária para uma compreensão adequada.
O avançando na Prática envolvendo o texto "Palavra" foi importante, pois os alunos fizeram brincadeiras, relacionaram palavras significativas para eles, escreveram sobre elas, criaram textos narrativos e poemas com as palavras que destacaram. Outro avançando que teve destaque foi o "Quebra-cabeças", pois despertou motivação nos alunos, eles queriam chegar ao final para descobrir qual era a imagem e perceberam que através de partes se chega ao todo e, que só desta forma se chega à verdadeira significação, ou seja , sua coerência. O avançando sobre os diálogos também foi referenciado, os alunos criaram diálogos em história em quadrinhos. O avançando da pág. 93 foi enfatizado por uma cursista abordando o tema da água passando uma mensagem sobre o desperdício, o bom e o mau uso da água.
A oficina 9 focalizando a construção da coerência textual e os aspectos linguísticos e sócio-comunicativos responsáveis pela continuidade de sentidos de um texto, pela tessitura das informações no texto foi realizada pelas cursistas que analisaram a propaganda "Furnas. Uma empresa cada vez mais verde, amarelo, azul e branco" foram relacionados os sentidos construídos pela linguagem verbal e não verbal.
A avaliação desta oficina foi satisfatória.

01/09/2009

Organização do Projeto

Dia 24 de agosto tivemos o nosso 4º encontro da organização do Projeto de Leitura, as cursistas se reuniram no Labin da EMEF Miguel Couto. Nesta tarde elas aproveitaram para pesquisarem mais artigos sobre esta temática. As fundamentações teóricas estão em fase de conclusão. Fiquei à disposição das cursistas para eventuais dúvidas.

12/08/2009

RECESSO

Devido ao avanço da gripe A (H1N1) as aulas nas escolas públicas e particulares do Rio Grande do Sul foram adiadas, portanto as férias de julho foram prolongadas, paramos dia 24 de julho e retornamos dia 17 de agosto, por isso tivemos que alterar as datas dos nossos encontros.

11/08/2009

Oficina 8- TP 4

Dia 21 de julho nos encontramos para mais uma oficina. Abri com o slide sobre o conto de fadas "Chapeuzinho Vermelho - olhares múltiplos em construção" sob a visão de diferentes meios de comunicação: revistas, propagandas, jornais...as cursistas não conheciam e acharam o material interessantíssimo.

Discutimos e analisamos os temas e atividades apresentados nas unidades 15 e 16 do TP4. O texto "Por que meu aluno não lê?" o título é instigante e chama a atenção de todos os educadores, e ao lermos a matéria, constatamos que realmente é uma realidade que todos nós enfrentamos e as cursistas concordam com a autora que para formar leitores devemos ter paixão pela leitura e que a formação teórica do professor na área da leitura é uma necessidade.

As cursistas realizaram várias atividades, entre elas: o texto "Admirável mundo louco" os alunos adoraram as analogias "descedor", "caixas pequenas e grandes" e conseguiram associar com riqueza e pobreza. O texto "Supermercados, as catedrais do consumo" foi bastante significativo para os alunos, pois eles se imaginaram nas situações apresentadas, ressaltaram que as bolachas e doces ficam na altura dos pequenos, uma das cursistas pediu que os alunos criassem lista de produtos que comprariam com determinado valor estipulado por ela e nas listas encabeçavam alimentos de primeira necessidade como arroz, feijão, carne... eles entenderam como funciona a psicologia do comércio. O avançando na prática que foi realizado pela maioria das professoras foi a ordenação de parágrafos, esta atividade é muito importante para a compreensão do texto, algumas cursistas comentaram que fizeram esta atividade com músicas e foi bem interessante. A descrição de uma pessoa sem indicação de seu nome, para que a turma possa adivinhar quem é, também auxiliou na construção de texto. Outro avançando que foi enfatizado pelas cursistas foi envolvendo o texto "Camping" onde os alunos teriam que dar sequência ao diário, os alunos escreveram finais inesperados, como: houve um desmatamento no camping; em dezembro virou uma favela, cresceu sem segurança, com muita violência e a polícia nada fez; se transformou numa nini-cidade, etc. em cima desta atividade os alunos produziram seus próprios diários (férias de inverno, romances, fofocas...)
Na unidade 16 a música "Eu é que pergunto para a caneta" de Gabriel o Pensador foi trabalhada pela profª Sandra e ela solicitou que os alunos produzissem textos de A a A, técnica de diálogo no teatro, de perguntas e respostas iniciadas pela letra A. O texto "Intradução" também foi comentado.
A profª Cleci trabalhou a atividade "Brincando de quebra-cabeça" do AAA4, onde os alunos teriam que estruturar e dar títulos a diversos textos. A profª Fátima ressaltou a atividade "Caixa de Linguagem" cada aluno trouxe seu texto e criou questões para os colegas responderem, eles também montaram cartazes com seus textos, ela também trabalhou com seus alunos a atividade "Mitos da escrita: dom ou trabalho?" e eles produziram seus memoriais da vida escolar, o que chamou atenção da profª foi o valor que os alunos davam aos elogios feitos pelas professoras na fase de 1ª a 4ª série. A partir deste comentário reforcei às cursistas a proposta de produzirem seus memoriais, solicitada na abertura do projeto de leitura. As demais cursistas comentaram sobre a importância de se trabalhar resumos com os alunos e elas criaram atividades que os alunos identificariam a palavra-chave de cada parágrafo, em seguida uma frase e um resumo.
Após os relatos realizamos a Oficina 8, as cursistas se dividiram em dois grupos de acordo com as séries em que atuam e analisaram a imagem das crianças de um anúncio de jornal de uma fundação que trabalha com crianças em regiões desprivilegiadas das cidades grandes nos Estados Unidos com suas respectivas profissões, instiguei-as sobre o que seriam estas imagens, elas interpretaram como o futuro profissional que as crianças almejavam. Produziram cartazes contendo texto persuasivo para um anúncio com as imagens, elas apresentaram seus textos para o grande grupo e a seguir adaptaram esta mesma atividade para aplicarem com seus alunos observando a série e o objetivo, planejaram também uma segunda atividade para que seus alunos escrevessem uma carta endereçada a um profissional escolhido e os alunos elaborariam perguntas a serem respondidas por este profissional.
As perguntas são um dos recursos essenciais na procura do conhecimento, elas ajudam o aluno na construção do significado do texto, tornando o processo de leitura mais significativo.
Este encontro foi muito produtivo, comentamos, analisamos e avaliamos estas duas unidades e realizamos a oficina que tinha por objetivo desenvolver uma sequência de aulas utilizando elementos do processo de produção textual.

28/07/2009

MEMORIAL

Minha história com o mundo das letras começou cedo, sou filha de uma professora primária e um pedreiro. Minha mãe era alfabetizadora e em minha casa sempre tiveram muitos livros, desde pequena era cercada por eles. Uma história que li e reli muitas vezes era a do "Jacarezinho Egoísta", até hoje me recordo das ilustrações daquele livro, outra leitura que me fascinava era a do "Gato de Botas". Os contos de fadas eram os meus favoritos.

Acredito que a pessoa que mais influenciou minha vida literária foi minha avó, ela era quem cuidava de nós, eu e meu irmão mais novo do que eu 3 anos, para minha mãe trabalhar. Minha vó era analfabeta das letras, mas de uma vivência muito grande, ela nos contava os "causos" de sua infância, juventude... alguns verdadeiros e outros fictícios, mas que nós jurávamos que eram reais, todos os dias tínhamos a hora das histórias, às vezes deitados na cama com ela, lembro também que pedíamos pra ela contar e recontar aquelas histórias várias e várias vezes, e sempre tinha algo de diferente. Quando aprendi a ler eu também lia livros que trazia da escola pra ela e pro meu irmão, brincávamos de aulinha com minha vó, ela aprendeu a escrever seu nome que era EVA, mas ela tinha o apelido de Nena. Neste momento em que escrevo muitas lembranças me veem à mente e a saudade dela também, que se foi em 2002.

Na minha adolescência escrevia muitas cartas, participei daqueles anúncios que apareciam nos jornais para conhecer pessoas, fazer novas amizades.Fiz muitas amigos, conheci culturas diferentes, me correspondi com presidiário, deficiente físico, depressivos, muitos jovens da minha idade...para poder sustentar o correio tive que dar aulas particulares, pois eram inúmeras cartas semanais...as cartas eram tantas que não cabiam na caixa de correspondência, o carteiro tinha que entregar pessoalmente. Os diários também fizeram parte da minha juventude, escrevia tudo e eles eram os meus confidentes.

Sempre morei em Arroio dos Ratos, uma cidade pobre e pequena a 54km de Porto Alegre, sem muito acesso à cultura, não temos cinema, teatro, atrações turísticas... Estudei em escola pública, fiz o ensino médio "Magistério" na cidade vizinha de São Jerônimo, a minha fonte de leitura eram as bibliotecas, por minha conta, li quase toda a obra de Érico Veríssimo e Josué Guimarães, meus preferidos. Fiz meu estágio curricular com uma turma de 4ª série, mas fui trabalhar em Porto Alegre, como assistente administrativo na Secretária da Fazenda do RS, ali meu contato com a leitura era através de súmulas, diário oficial, processos, etc. foi uma experiência muito gratificante em minha vida. Nesta época sonhava em ser jornalista, aparecer na TV, viajar...mas não tinha dinheiro para cursar Jornalismo, o que eu conseguiria bancar seria um curso de licenciatura, então fiz vestibular para o curso de Letras.

O curso de Letras foi o marco divisório em minha vida, ali viajei por muitos lugares, fui ao inferno de Dante, a Alemanha de Goethe, a França de Honoré Balzac, a Espanha de Dom Quixote, Portugal de Fernando Pessoa e Eça de Queirós, a Bahia de Jorge Amado, os engenhos de cana-de-açúcar de José Lins do Rego, o sertão nordestino de Graciliano Ramos, os subúrbios cariocas de Lima Barreto, conheci Itabira com suas estradas férreas de Carlos Drummond, Porto Alegre nos anos 60 com Érico Veríssimo... vivi Cem Anos de Solidão com Gabriel Garcia Marquez...tive dúvidas como Bentinho, enlouqueci com Simão Bacamarte, Rubião e Policarpo Quaresma, amei com Maria Eduarda, Luísa, Amélia, Izolda, Capitu, Lucíola, Moreninha, Iracema, Helena... também sofri com Werther, Naziazeno ...realmente VIVI. A leitura é tudo. O curso de Letras que me propiciou estas viagens.

Cursei minha faculdade de 1993-96. Em 2000 fiz meu pós-graduação, especialização em abordagem textual. Em 2004 fiz o curso de extensão em "Formação de Contadores de História e Mediadores de Leitura", neste ano também participei do "Projeto Escrevendo o Futuro" do Itaú, em Curitiba. No ano de 2006 conheci o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, onde tive a impressão real de estar no sertão de Gimarães Rosa e em 2009 sou formadora do Curso Gestar.

Hoje tenho 37 anos, sou casada, mas não tenho filhos, trabalho com alunos de 5ª série do Ensino Fundamental, 2ª e 3ª do Ensino Médio (LP e Lit) e também tenho 20h na Secretaria Municipal de Educação. Sou concursada na rede municipal desde 1993 e na estadual desde 1999. Tenho um relacionamento bom com meus alunos, mas me sinto às vezes impotente quanto à questão da leitura e da escrita parece que tudo que se faz não surte efeito, sei que falta algo e me angustio.

Atualmente não leio tudo o que me dá prazer, pois a vida profissional me exige muito e as leituras ficam direcionadas ao profissional. Tenho uma relação de livros que pretendo ler e vou adquirindo-os para degustá-los, talvez nas próximas férias...ou quem sabe na vida de aposentada.

" Burras não são as memórias que esquecem, mas as memórias que não esquecem...

A memória inteligente esquece o que não faz sentido. A memória viaja leve.

Não leva bagagem desnecessária." Rubem Alves

17/07/2009

Organização do Projeto

Dia 15 de julho nos encontramos no LABIN da EMEF Miguel Couto para continuarmos a organização do projeto de leitura. Levei material teórico e as cursistas também trouxeram, pesquisaram na internet e deram início a montagem da parte teórica de seus projetos.

09/07/2009

Oficina 7 - TP4

Dia 08 de julho nos encontramos para mais uma oficina.
Comecei com a apresentação no data show do livro ZOOM de Istvan Banyai e coloquei-o de duas maneiras: do início ao fim e do fim ao início, as cursistas não conheciam e acharam muito interessante a leitura, com este texto instiguei-as sobre as diferentes formas de ler através de imagens e questões sobre o letramento.
Lemos o texto "Gaiolas e asas" de Rubem Alves, a leitura gerou uma discussão acirrada sobre a temática, as profª colocaram que necessitamos urgentemente reformular nossas práticas pedagógicas e também cultivar a ideia de que a escola é boa e não um lugar de punição, ela tem que ser atrativa ao nosso aluno, mas discordaram no ponto em que o autor fala sobre a finalidade de ensinarmos gramática, todas acreditam que é importante conhecer os mecanismos da língua, não podemos abolir o planejamento, nem os conteúdos gramaticais, pois os concursos públicos e vestibulares exigem.
A seguir fiz uma retrospectiva dos assuntos abordados nas unidades 13 e 14 do TP4 e assistimos aos slides "Ensino da Escrita - Uma conversa sobre a produção escrita na escola" de Cátia Martins.
Começamos os relatos sobre os avançando na prática que as cursistas realizaram.
A atividade sobre o texto "Bar dos Namorados" foi trabalhada pela profª Fátima que relatou que seus alunos remeteram a autoria do texto a pessoas diversas, inclusive a um louco e ela trabalhou o avançando sobre o ambiente letrado. A atividade sobre a placa de trânsito, que tem a imagem de um homem apontando a arma para um ônibus, foi comentada pela profª Sandra, que ficou surpresa, pois seus alunos demoraram para identificar a arma e eles acharam que essa placa realmente existia, talvez por morarmos numa cidade pequena, onde a violência é mínima e por não termos muitas placas de sinalização, mas ela conseguiu fazer um bom trabalho abordando a violência nas cidades grandes. A atividade sobre "Festas Juninas" veio de encontro as festas do mês de junho que as escolas estavam envolvidas, ela foi escolhida pelas profª Eni, Janaína, Maria Helena e Sandra, elas disseram que os alunos não conheciam as músicas e se surpreenderam ao ver que eles não sabiam nada sobre simpatias, santos, provérbios..., concluiram que as datas comemorativas, infelizmente, não estão sendo mais trabalhadas, então elas aproveitaram experiências pessoais e contaram aos alunos as simpatias que faziam quando eram jovens, isto despertou o interesse na busca por estes conhecimentos. O avançando envolvendo festas locais evidenciou a Festa da Melancia e o Aniversário do Município e o avançando que despertou o maior interesse pelos alunos foi a organização de uma festa com convites, panfletos, divulgação de som, lembrancinhas...em grupos criaram várias festas como: 15 anos, pijama, carnaval de inverno... A atividade sobre os palhaços também repercutiu, os alunos começaram a identificar os palhaços nos próprios colegas. Outra atividade que chamou a atenção foi a propaganda "Soy loco por ti América", uma profª tirou xerox desta imagem e pediu que os alunos colorissem os rostos com 4 cores diferentes, ela nos disse que o trabalho superou suas expectativas, o texto "Você lembra, pai?" as cursistas disseram que não conheciam e acharam sensacional em compensação a reportagem "Herança Africana" não agradou. As cursistas comentaram que adoraram o avançando abordando sua cidade, é um tema bastante pertinente e elas garantiram que trabalharão futuramente. O texto "Circuito Fechado" também foi enfatizado.
A oficina nº 7 ocorreu tranquilamente, pois o texto "Cidadezinha qualquer" já era conhecido por todas, levei um material sobre Carlos Drummond de Andrade com alguns textos do autor enfocando o tema cidade. As cursistas preferiram reunir-se em dois grupos, aquelas que atuam com 5ª e 6ª séries e outro com as que lecionam com 7ª e 8ª séries, elas elaboraram várias atividades para acionarem o conhecimento dos alunos. A profª Cleci havia explorado este texto com seus alunos de 6ª série, ela comentou sua experiência.
Este encontro foi muito produtivo, as cursistas avaliaram estas unidades como acessíveis e enriquecedoras, elas creem que o Curso do Gestar já é um grande passo para esta mudança que queremos e precisamos para sairmos das nossas gaiolas e lançarmos voos.
Encerrei com o slide do poema " O que é letramento" de Magda Soares e convidei-as para darmos um mergulho nas unidades 15 e 16 do TP4.

05/07/2009

02 de julho - Organização do Projeto

Organização do Projeto de Leitura

Dia 02 de julho tivemos o 2º encontro para organização do Projeto de Leitura, reunimo-nos na Biblioteca da EMEF Miguel Couto, escola onde temos um laboratório de informática (LABIN) à disposição. As cursistas decidiram montar os projetos por escola, onde cada uma aplicará com sua turma adequando a realidade.
Elas fizeram a estrutura do projeto, determinaram o tema, definiram a situação-problema, objetivos gerais e específicos, a metodologia a ser seguida e ficaram outros pontos para serem revistos.
Levei um material sobre a organização de projetos e alguns textos para apoio teórico abordando a temática da leitura.
As professoras estão preocupadas com a questão do tempo para a aplicação do projeto, salientaram que elas têm uma carga horária intensa, compromissos com cadernos de chamada, notas, conteúdos...aplicação dos avançando dos TPs e mais o projeto.
O próximo encontro para a organização do projeto será dia 15 de julho, elas trabalharão direto no LABIN, ficarei de plantão para eventuais dúvidas.

Encontro com o escritor Caio Riter - Oficina Livre - 26 de junho

04/07/2009

Oficina Livre

Dia 26 de junho ocorreu na EMEF Santa Rita de Cássia o encontro com o escritor Caio Riter. A Biblioteca Municipal Rui Barbosa em parceria com a Secretaria de Educação de Arroio dos Ratos está promovendo mensalmente encontros com escritores de literatura infanto-juvenil, em comemoração aos 40 anos da Biblioteca.
Os professores da rede municipal e estadual estão inseridos neste projeto, que já contou com a participação de Cristina Dias, Ilan Breman e Lenice Gomes. A cada mês uma escola é a anfitriã destes eventos, que acontecem em dois turnos de 4horas, num há a contação de histórias para alunos e no outro o encontro com professores para dicutir assuntos referentes a questão da leitura. Estas atividades culminarão com a Feira Municipal do Livro, que ocorrrerá nos dias 6, 7 e 8 de outubro.
Neste mês de junho tivemos a presença de Caio Riter falando sobre "O professor como mediador da leitura". Ele nos colocou a importância do professor convencer os alunos que a literatura é um prazer e não uma obrigação e a leitura tem a função de nos ajudar a escrever melhor. Tratou-se da questão que devemos direcionar, orientar as leituras, para que possamos debater, confrontar, construir juntos...Vimos as funções da Literatura, segundo Iser (Deleite, Reflexão e Transformação). O diagnóstico de leitura deve ser feito pelo professor, para verificar como a leitura é abordada na família...É importante seguirmos roteiros como: motivação, leitura, exploração e extrapolação para termos um leitor. Sem esquecer que precisamos de professores apaixonados.
Este encontro foi numa tarde gelada e teve a participação dos professores da rede pública, tomamos um chocolate quente e após foi aberto um debate para discussões sobre o tema com o grande grupo.
No cronograma que organizei reservei o dia 24 de julho para realizar a oficina livre, mas este evento veio de encontro as nossas necessidades, por isso aproveitei-o, as cursistas participaram ativamente.
"Para desenvolver o gosto pela leitura, é fundamental estarmos integrados em comunidades de leitores e, dessa maneira, construir sempre novos sentidos e compartilhar significados com nossos pares."
Vitória Líbia Barreto de Faria