15/10/2009
Encontro dos projetos - 2ª Etapa
13/10/2009
1º Encontro da 2ª Etapa do Gestar- Oficina Introdutória

30/09/2009
2ª Etapa- 28/09 a 02/10



27/09/2009
Oficina Avaliativa- 1ª Etapa

22/09/2009
Oficina 10 - TP 5


14/09/2009
Projeto de Leitura
09/09/2009
Oficina 9 - TP 5
01/09/2009
Organização do Projeto
12/08/2009
RECESSO
11/08/2009
Oficina 8- TP 4
Discutimos e analisamos os temas e atividades apresentados nas unidades 15 e 16 do TP4. O texto "Por que meu aluno não lê?" o título é instigante e chama a atenção de todos os educadores, e ao lermos a matéria, constatamos que realmente é uma realidade que todos nós enfrentamos e as cursistas concordam com a autora que para formar leitores devemos ter paixão pela leitura e que a formação teórica do professor na área da leitura é uma necessidade.
28/07/2009
MEMORIAL

Acredito que a pessoa que mais influenciou minha vida literária foi minha avó, ela era quem cuidava de nós, eu e meu irmão mais novo do que eu 3 anos, para minha mãe trabalhar. Minha vó era analfabeta das letras, mas de uma vivência muito grande, ela nos contava os "causos" de sua infância, juventude... alguns verdadeiros e outros fictícios, mas que nós jurávamos que eram reais, todos os dias tínhamos a hora das histórias, às vezes deitados na cama com ela, lembro também que pedíamos pra ela contar e recontar aquelas histórias várias e várias vezes, e sempre tinha algo de diferente. Quando aprendi a ler eu também lia livros que trazia da escola pra ela e pro meu irmão, brincávamos de aulinha com minha vó, ela aprendeu a escrever seu nome que era EVA, mas ela tinha o apelido de Nena. Neste momento em que escrevo muitas lembranças me veem à mente e a saudade dela também, que se foi em 2002.
Na minha adolescência escrevia muitas cartas, participei daqueles anúncios que apareciam nos jornais para conhecer pessoas, fazer novas amizades.Fiz muitas amigos, conheci culturas diferentes, me correspondi com presidiário, deficiente físico, depressivos, muitos jovens da minha idade...para poder sustentar o correio tive que dar aulas particulares, pois eram inúmeras cartas semanais...as cartas eram tantas que não cabiam na caixa de correspondência, o carteiro tinha que entregar pessoalmente. Os diários também fizeram parte da minha juventude, escrevia tudo e eles eram os meus confidentes.
Sempre morei em Arroio dos Ratos, uma cidade pobre e pequena a 54km de Porto Alegre, sem muito acesso à cultura, não temos cinema, teatro, atrações turísticas... Estudei em escola pública, fiz o ensino médio "Magistério" na cidade vizinha de São Jerônimo, a minha fonte de leitura eram as bibliotecas, por minha conta, li quase toda a obra de Érico Veríssimo e Josué Guimarães, meus preferidos. Fiz meu estágio curricular com uma turma de 4ª série, mas fui trabalhar em Porto Alegre, como assistente administrativo na Secretária da Fazenda do RS, ali meu contato com a leitura era através de súmulas, diário oficial, processos, etc. foi uma experiência muito gratificante em minha vida. Nesta época sonhava em ser jornalista, aparecer na TV, viajar...mas não tinha dinheiro para cursar Jornalismo, o que eu conseguiria bancar seria um curso de licenciatura, então fiz vestibular para o curso de Letras.
O curso de Letras foi o marco divisório em minha vida, ali viajei por muitos lugares, fui ao inferno de Dante, a Alemanha de Goethe, a França de Honoré Balzac, a Espanha de Dom Quixote, Portugal de Fernando Pessoa e Eça de Queirós, a Bahia de Jorge Amado, os engenhos de cana-de-açúcar de José Lins do Rego, o sertão nordestino de Graciliano Ramos, os subúrbios cariocas de Lima Barreto, conheci Itabira com suas estradas férreas de Carlos Drummond, Porto Alegre nos anos 60 com Érico Veríssimo... vivi Cem Anos de Solidão com Gabriel Garcia Marquez...tive dúvidas como Bentinho, enlouqueci com Simão Bacamarte, Rubião e Policarpo Quaresma, amei com Maria Eduarda, Luísa, Amélia, Izolda, Capitu, Lucíola, Moreninha, Iracema, Helena... também sofri com Werther, Naziazeno ...realmente VIVI. A leitura é tudo. O curso de Letras que me propiciou estas viagens.
Cursei minha faculdade de 1993-96. Em 2000 fiz meu pós-graduação, especialização em abordagem textual. Em 2004 fiz o curso de extensão em "Formação de Contadores de História e Mediadores de Leitura", neste ano também participei do "Projeto Escrevendo o Futuro" do Itaú, em Curitiba. No ano de 2006 conheci o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, onde tive a impressão real de estar no sertão de Gimarães Rosa e em 2009 sou formadora do Curso Gestar.
Hoje tenho 37 anos, sou casada, mas não tenho filhos, trabalho com alunos de 5ª série do Ensino Fundamental, 2ª e 3ª do Ensino Médio (LP e Lit) e também tenho 20h na Secretaria Municipal de Educação. Sou concursada na rede municipal desde 1993 e na estadual desde 1999. Tenho um relacionamento bom com meus alunos, mas me sinto às vezes impotente quanto à questão da leitura e da escrita parece que tudo que se faz não surte efeito, sei que falta algo e me angustio.
" Burras não são as memórias que esquecem, mas as memórias que não esquecem...
A memória inteligente esquece o que não faz sentido. A memória viaja leve.
Não leva bagagem desnecessária." Rubem Alves
17/07/2009
Organização do Projeto
09/07/2009
Oficina 7 - TP4

05/07/2009
Organização do Projeto de Leitura
04/07/2009
Oficina Livre
26/06/2009
Oficina 6 - TP3
A seguir lemos o texto "A moça tecelã" de Marina Colassanti, que causou bastante polêmica e fez com que parássemos e analisássemos as coisas que devemos tecer e principalmente destecer de nossas vidas...
Fizemos a técnica do "Envelope de Linguagens", onde distribui vários gêneros textuais com tipos diversificados e em pequenos grupos as professoras analisaram e discutiram, elas conseguiram identificar claramente os textos: descritivo, narrativo, injuntivo, preditivo, expositivo e argumentativo, apesar que para a maioria das cursistas era novidade os textos preditivos e injuntivos, acharam a classificação bastante pertinente, houve apresentação para o grande grupo; o que causou mais polêmica foi na hora de classificar os tipos de textos, porém a percepção de inter-relação entre gêneros e tipos ficou bastante dúbia, mas conseguimos esclarecer as predominâncias e as cursistas observaram a importância de lermos mais teorias.
Num segundo momento iniciamos as discussões sobre as unidades 11 e 12 do TP3, as professoras relataram que necessitam de mais tempo para a aplicação das atividades, salientaram também que nesta época a escola está inserida com gincanas de festas juninas e outras programações...o que não permite que haja um envolvimento maior com as atividades dos TPs, pois o material é riquíssimo, exige ser aprofundado e bem trabalhado, ressaltaram que esperam que este programa não seja mais um entre tantos, coloquei para elas que temos um cronograma e prazos a cumprir.
Os relatos dos avançando na prática ocorreram normalmente, mas as cursistas aplicaram em sua maioria atividades da unidade 11. Os avançando que mais se destacaram foram sobre o jogo onde os alunos teriam que descrever um objeto sem dizer o nome, através de mímicas; a descrição sobre uma personalidade famosa, (a profª Clair, que trabalha em uma escola da zona rural, comentou que a personalidade para a maioria de seus alunos era um familiar, normalmente o pai); a atividade sobre anúncios foi bem aceita entre os alunos, o que eles mais compravam e vendiam eram sentimentos, e isso chamou a atenção da profª Sandra, que em função desta atividade passou o filme "De bem com a vida" e solicitou que seus alunos produzissem uma carta (gênero) recomendando o filme para alguém especial, ela levou e leu várias crônicas do livro "Mãe, você não tá entendendo... As cartas de Tati" Heloísa Perissé, eles também criaram cartões que caracterizaram a turma. As atividades com receitas e bulas de remédio também foram evidenciadas pelas demais cursistas. Elas entregaram seus relatos e a amostra dos trabalhos realizados pelos alunos.
A oficina 6, das unidades 11 e 12 do TP3, que envolveu o texto "O salário mínimo" foi realizada em dois grupos de 5 professoras, cada grupo procurou comprovar através de evidências se este texto se tratava de um exercício escolar ou não. As cursistas se envolveram na atividade e trouxeram informações de fatos históricos da época, o episódio do presidente João Batista Figueiredo que teria dito a fala transcrita no texto "...se ganhasse salário mínimo dava um tiro na cabeça..."foi recordado por uma das profª. O grupo que argumentou que este texto seria uma atividade de aluno evidenciou que o tema foi sugerido pela profª, a caligrafia é cursiva, a questão da mesada, o texto está em 1ª pessoa, o carisma do aluno pela profª... o outro grupo disse que há uma fluência nas ideias, correção linguística e gramatical, a publicação é de um humorista renomado "Jô Soares" em uma revista de circulação nacional, o fato histórico que o aluno remete no texto, o humor para fazer uma denúncia social...não são compatíveis com uma redação escolar. Cada grupo reforçou seus argumentos...debateram oralmente e no final chegaram a conclusão de que este texto não era uma atividade exigida na escola, analisamos também as sequências tipológicas, o gênero do texto ...
A oficina foi avaliada pelas cursistas de forma positiva, elas falaram da importância destes encontros para a troca de experiências e principalmente o leque de atividades que os TPs nos oferecem, sem contar o conhecimento.
Lancei o estudo das unidades 13 e 14 do TP4 instigando-as sobre "o que é ser letrado" para o próximo encontro no dia 08 de julho.